Tudo dentro do normal:
A mesma fome,
A mesma falta de emprego,
O mesmo temporal.
A empresa dispensa,
Os juros aumentam,
As juras se
multiplicam.
Tudo normal!
Do lado de dentro a
doença sem cura,
Escura,
No corredor escuro do
hospital.
Do outro lado da rua,
Nua,
Sem nome,
Impura,
Puta profissional.
Tudo bem!
Não há nada que não
mude
Se há fé no santo,
Café e pão na mesa.
Tudo dentro do normal:
A criança não chora,
Não cresce, não sente,
não nasce;
Não há berço
Nem braço que a
abrace.
Assim segue a vida,
Antiga normalidade
fingida.
E da vidraça quebrada
enxergam-se as angústias
De tantos Augustos,
Austeros,
Astros sem fama.
Tudo dentro do normal:
A mesma miséria.
A mesma mente vazia
E o mesmo fim.
Tudo dentro do normal:
A mesma fome,
A mesma falta de emprego,
O mesmo temporal.
A empresa dispensa,
Os juros aumentam,
As juras se
multiplicam.
Tudo normal!
Do lado de dentro a
doença sem cura,
Escura,
No corredor escuro do
hospital.
Do outro lado da rua,
Nua,
Sem nome,
Impura,
Puta profissional.
Tudo bem!
Não há nada que não
mude
Se há fé no santo,
Café e pão na mesa.
Tudo dentro do normal:
A criança não chora,
Não cresce, não sente,
não nasce;
Não há berço
Nem braço que a
abrace.
Assim segue a vida,
Antiga normalidade
fingida.
E da vidraça quebrada
enxergam-se as angústias
De tantos Augustos,
Austeros,
Astros sem fama.
Tudo dentro do normal:
A mesma miséria.
A mesma mente vazia
E o mesmo fim.
Gostei muito! (não ponho sorriso, porque não é tema de sorrir)
ResponderEliminarOlivia
Da tristeza tentamos criar a beleza. E que através desta, possamos abrir os olhos para aquela.
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