-Tragam soro!
Entraram
gritos nos corredores. A cadeira. A fila. A espera. A dor.
- Tragam o soro!
Um remédio qualquer. Os gritos já tomaram os cômodos
e meus murmúrios agora ao menos têm um consolo.
- Traz! Traz o soro!
A injeção. A
ingestão. Um alívio qualquer.
A senha no painel. A impaciência nas mãos. A sala
cheia. O cheiro podre. A paralisia dos membros.
- Traz! Traz o soro!
O hospital caminha sem pernas.
Muito bom! Ótimo.
ResponderEliminarMuito obrigado pelo comentário Unknown e também poeta e escritor João Naves de Melo!
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